quinta-feira, 10 de julho de 2008

Viseu-Aveiro pela Linha do Vouga






Os bravos do Pelo(tão) fizeram-se ao pedal para a mais longa das tiradas. 110 Km no trilho desbravado pelo quimboio da antiga linha do Vouga.

A Partida (com sotaque brasileiro) foi no café avenida com vista para o marco que resta da estação onde o comboio aquecia os motores para a jornada que nos aventuramos a fazer.

A rolar até São Pedro do Sul rapidamente chegámos ao primeiro percalço do dia. Nada que um novo parafuso vindo de uma oficina amiga em Moçamedes não resolvesse. No rescaldo deste incidente fica o novo quadro que o mais dos peludos team teve de oferecer à sua tinita (leia-se bicicleta); É o que dá ser alto e não ter um espigão à altura.

Ainda antes de cruzar o Vouga pela primeira vez, o furo lembra-se de aparecer (adivinham a quem?). A/o Malta segue caminho até Vouzela onde se faz o primeiro reforço. Na refastelada sombra da ponte trinchámos um belo melão que caiu que nem gingas. Sem tempo para grandes demoras rumámos ao almoço que nos esperava logo ali ao lado em Oliveira de Frades.

Duas bifanas depois e 45 km bem rolados estávamos de novo na estrada rumo à 2ª etapa da volta. O melhor estava para vir, até porque era terreno novo para explorar. Em menos de 2 horas o GPS acrescentou os 35 km que nos faltavam para assinalar em Sernada a frase mais desejada “Prova superada”. O relógio marcava +- 30 minutos depois das 14 horas. Ou seja à média de 18 Km/Hora tínhamos pedalado 82 Km em 4 horas e meia tirando as paragens.

Como superámos as melhores expectativas, e porque a equipe da logística ainda estava atrasada, decidimos retemperar forças na tasca da estação para atacar mais 20 km que nos levaria ao estádio municipal de Aveiro. Não sem antes beber umas minis para absorver os últimos extraordinários km que nos tinham transportado de Paredela até Sernada. Uma recente ciclo via construída a partir de uma paisagem de cortar a respiração. Com o Vouga como cicerone descobrimos mais uma razão para amar este nosso Portugal.

Deixamos os olhos nos torresmos que nos tentaram aliciar, e arrancámos para a derradeira etapa. Largamos a linha que foi nossa companheira de viagem até Sernada para zarparmos rumo ao objectivo final. Sem mais perder o Vouga de vista rolámos a 0 km de altitude até ao 2º furo do dia que nos obrigou a parar mais do que o habitual (pneus duros é o que dá; a fazer lembrar um dos pelos que não pode vir, o Renato pois claro). 15 minutos depois rebocamos o dono da Câmara de ar para os seus 10 km mais sofridos ( é o que dar estar 1 ano sem pedalar). Verdade seja dita o pessoal já estava a ficar um pouco saturado de tantas horas a calejar o traseiro. Ainda antes do ponteiro grande do relógio atingir as 17 tivemos a miragem do dia. No fundo do nosso horizonte visual espreitava o estádio engalanado de meta. E ai estávamos nós, depois de uma última subida, a beber Isostar da Decatlon para tonificar a alma.

Resumindo, um dia bem passado com créditos de epopeia. O tempo ideal (20º de temperatura), estradas limpas e protegidas por vegetação fresquinha, poucas subidas (máximo 4º de inclinação), melão fresquinho e boa navegação. Houve ainda tempo para um choque entre dois pelos que quiseram sentir-se papas por um dia para tocar o chão deste caminho. As fotos estarão brevemente disponíveis (assim que o pelo Fernando, fotografo de serviço, quiser).

4 comentários:

TaiNada Team BTT disse...

e nem avisam que têm um blog nem nada.... tá boa a vida tá.....

Unknown disse...

Parabéns pela grande historia, da mesmo vontade de pegar na bike e tentar a sorte até Aveiro.

Grande abraço, os amigos dos Tainada são os nossos amigos.
http://btthuf.blogspot.com

Photozonia disse...

É assim mesmo! O verdadeiro espírito de companheirismo. Cuidado é com as "minis" em excesso!!!
Força no Pedal!

José Gonçalves disse...

oi companheiros de 2 rodas, tambem ja fiz a linha toda ate sernada em 2 etapas...

mas fiz para la e para ca e sei o prazer que da...

e' uma linha mt bonita...

força nisso, fica a faltar a ida a st comba..

o mais lixado sao as pontes metalicas e o cascalho que faz estremecer o corpo todo...

Pelises