domingo, 24 de julho de 2011

Tour de France - O Final

E terminou mais uma "Grand Boucle", com espectáculo QB, apesar de uma fase de Pirinéus muito fraca.
Venceu um ciclista completo com, pela primeira vez, dois irmãos (e que dois..) a partilhar o pódio.
Alberto Contador, após um Giro fantástico, termina na 5ª posição atràs da grande figura desta edição, Tomaz Voeckler, deixando no ar a dúvida em relação à sua craveira:
Na galeria dos famosos, irá no futuro o seu nome figurar junto a nomes como Bahamontes, Anquetil e Amstrong, ou conseguirá ele ir mais além, ganhar Giro e Tour no mesmo ano, e assim e juntar-se a nomes como Hinault e Indurain (ambos por duas vezes, com 7 grandes voltas ganhas), logo logo a seguir ao inigualável Merckx??
Certamente que as próximas épocas prometem, ajudarão a dissipar essas dúvidas, e irão reclamar a nossa atenção, como amantes deste desporto ímpar que é o ciclismo.
 
Até lá, parabéns ao grande Cadel!!
(E venha a Volta e a Vuelta!)

5 comentários:

Nuno disse...

Aqui vai mais uma posta de pescada:
Os profissionais da estrada só estão habituados a rolar em pelotão.
As fugas bem sucedidas são uma coisa muito rara (tirando um português destemido), pois sozinhos facilmente são alcançados por um pelotão com uma ponta "afiada" assegurada por muitos que assim facilmente vão contrariando a inércia do vento dividindo o esforço por todos.
Já o desgraçado que teve a ideia de fugir só pode contar com ele mesmo para lutar contra a resistência do ar.
Nos tempos que correm, apenas se ganham voltas nos combates um para um em que não há pelotão para ajudar a reduzir diferenças: nas montanhas ou nos contra relógios, situações em que normalmente o mais forte faz a diferença (em segundos ou minutos).
Desta vez, não havendo grandes diferenças de tempos na montanha, o mais forte estava mesmo no contra-relógio, talvez habituado às provas de btt em que o mais rápido na maioria das vezes rola quase sempre sozinho e sem uma roda para seguir.
Nas próximas provas de estrada deste gabarito bastaria fazer 3 dias apenas de competição para apurar o mais rápido e forte do pelotão:
-um dia em plano para as fotos do pelotão e um sprint final à manaeira;
-um dia em montanha para os trepadores;
-um dia para contra relógio
depois era só fazer as contas.
Isto de já estar de férias tem estas coisas, o tempo para escrever aumentou drasticamente.
Abraço!

PeloTeam BTT disse...

Nuno, com o devido respeito, trata-se mesmo de uma "posta de pecada". Houve várias fugas bem sucedidas: Contador, Schleck (um e outro), Voeckler, Roland, Hushovd, Sanchez, Evans, etc...
Por outro lado, também temos que aceitar que as chegadas em pelotão com sprint também fazem parte, e têm a sua espectacularidade.
Para 3 dias de prova temos as clássicas e as voltas menores, com atletas menos cotados, com menos motivos de interesse.
Temos que aceitar uma coisa: o desporto evolui e este Tour foi, quer queiramos quer não, um sucesso com um vencedor e alguns protagonistas inesperados, que garantem a continuidade daquele que é, logo a seguir ao futebol, o maior espectectáculo desportivo do mundo!! Aceita, amigo, e tenta acompanhar com mais assiduidade. Vais ver que vais gostar...

Pêlo Renato disse...

Viva o Hamilton!

Pêlo Malta disse...

Por acaso nas vossas análises empíricas não se estão a esquecer do maior e mais forte herói desta volta.
O holandês Johnny Hoogerland mesmo depois de abalroado por um incauto condutor da caravana do Tour foi capaz de pedalar com 33 dolorosos pontos nos gémeos.
Por isso parafraseando o pêlo Renato:
Viva o Hoogerland

Nuno disse...

Houve concerteza dias muito espectaculares ao longo da prova, mas apenas 2 ou 3 ditaram / costumam ditar o vencedor.
As montanhas e o contra-relógio.
Agora que o epectáculo foi bom, foi.

Pelises